Quer ser mãe? Eu, escrever um livro

Desocupados, conservadores, acomodados, maria-vai-com-as-outras dão pitaco nas atitudes fora do senso comum. Quer ser advogado, baterista, enfermeiro, cabeleireiro, bombeiro, cozinheiro, artista, escritor ou mãe? Ou mãe e artista? Ou artista sem filhos? Pois é. E quem é mesmo que pagará as suas contas? Pois é.

Desde os 16 anos, venho refletindo a respeito da ideia de procriação. Pesquisei opiniões decididas a não ter filhos, mães corujas, o mito sobre o instinto materno e matérias temáticas. Não acho necessário tantas justificativas para não ter filhos pois é de foro íntimo de cada um. Coloquei na balança os prós e contra. Não encontrei 1 que me convencesse. Mesmo se não houvesse motivo nenhum, não os teria. Gosto da sensação de saber que não terei dependentes. Muitos se envaidecem argumentando que os primogênitos preencherão a solidão na velhice. Adoro ficar quietinha no meu canto lendo e escrevendo. Diferentemente, eu não ligo se é solidão ou não. Busco o auto conhecimento, tranquilidade, sabedoria, do qual sozinha é muito mais produtivo. Seria injusto procriar sem dar a devida atenção porque sei que seria muito ocupada. Existe inúmeros lugares do mundo para explorar, que o farei, até a saúde permitir. É um estilo de vida, que com muito orgulho, quero seguir porque não há impedimento. É limitado crer que toda mulher deve parir. Quem pensa assim, dificilmente sairá do esquema de "Vida Programada". A sociedade santifica as mães como puras e boas. Acaba sobrando para nós, Childfree. Recebemos adjetivos dos mais variados, tais como: esquisitos, egoístas, imaturos, incompletos, vulneráveis e ect e tal. É uma pena. Já é tempo desse tabu ser quebrado e ao contrário, não me meto na decisão de quem deseja um filho.