Verdades
Verdades são como nuvens que pairam sobre as nossas cabeças, mas que às vezes as afugentamos com medo de que elas tragam as chuvas torrenciais que venham esfacelar os nossos baluartes, os nossos castelos, que julgamos inexpugnáveis, de nossas ilusões, preconceitos ou falácias, com os quais já estamos intrinsecamente afeitos e afeiçoados, num apego mórbido e irracional. Deixemos que as nuvens pairem sobre nós e se chover que a chuva leve na enxurrada tudo o que for deletério e quando o sol voltar a brilhar vamos erigir novas edificações, agora sobre um solo mais estável.