Tempo
Tempo, impiedoso tempo, que rouba minha juventude, apodrece meu corpo, me arrasta para o fim.
Tira de mim pessoas que amo, sem remoço.
Maldito és tu...
Que rasga meus sonhos, dissipa a esperança, suga minha vida.
Devora meus segundos, minutos, dias, meses, anos...Lembro-me de que já fui jovem um dia...
Tempo, maldito tempo; mesmo as feridas que tu curastes, e o pouco que andas me ensinando, nunca silenciarão meu ódio por ti, porque nunca me destes direito de defesa, sempre fora uma luta injusta entre um deus e um pobre diabo como eu. E nós sabemos quem vencerá a guerra.
No fim das contas, tenho um pouco a agradecer certas lições, mas, infinitas vezes hei de te condenar...