Tempo

Tempo, impiedoso tempo, que rouba minha juventude, apodrece meu corpo, me arrasta para o fim.

Tira de mim pessoas que amo, sem remoço.

Maldito és tu...

Que rasga meus sonhos, dissipa a esperança, suga minha vida.

Devora meus segundos, minutos, dias, meses, anos...Lembro-me de que já fui jovem um dia...

Tempo, maldito tempo; mesmo as feridas que tu curastes, e o pouco que andas me ensinando, nunca silenciarão meu ódio por ti, porque nunca me destes direito de defesa, sempre fora uma luta injusta entre um deus e um pobre diabo como eu. E nós sabemos quem vencerá a guerra.

No fim das contas, tenho um pouco a agradecer certas lições, mas, infinitas vezes hei de te condenar...

Paulinho Souza
Enviado por Paulinho Souza em 09/07/2012
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