A PAZ

A paz não é um fenômeno, que ocorre independentemente da vontade humana. A paz não é um fenômeno. Assim como uma casa precisa ser construída com cimento para ligar os tijolos entre si, a paz tem que ser consstruída com atitudes que liguem os humanos entre si.

Com isto em vista, imaginemos se é possível haver paz onde há egoísmo,pobreza, fome e hostilização? Se não temos compaixão para com nossos semelhantes, teremos paz? Quem tem fome vive em paz? É possível ter paz de estômago vazio?

Certamente, que aquele que sofre a vergonha da miséria não vive em paz e seus vizinhos mais afastados muito menos, pois as consciências destes lembra-os de seus crimes contra os pobres, pelo que sabem que os oprimidos poderão um dia reagir. Tornam-se então paranóicos, com medo de tudo e de todos,como se fossem vítimas e não os aventureiros vilões. Traficam-se atrás de muros altos gradeados e portas bem pesadas, querendo sempre mais policiais para os proteger e inventam leis sempre mais duras para imobilizar e recriminar os famintos. Mesmo assim não sentem-se seguros.

Sendo assim, não ser racista não é tudo. Precisamos é ter amor por nossos iguais, sejam judeos ou gregos, alemães ou negros, indígenas ou europeus, iraquianos ou norte-americanos, porque são pessoas de todas as raças que encontramos dormindo pelas calçadas, sob as marquises e morando em chopanas e muitas vezes lhes viramos as costas. E muita vezes, tratamos melhor nossos bichos que nossos semelhantes. Não que devamos tratar animais, plantas, pertences, humanos uns melhores que os outros, mas a paz começa por nós, uma revolução da alma! Revolução onde todos merecem sair da opressão! Onde todos merecem ter paz!