O vazio da posse

Nascemos sozinhos e na morte não será diferente: partiremos na solidão do anonimato. Portanto, por que tanto desejo de posse, de tentar regrar a vida, os sentimentos e os desejos dos outros? As paixões fluem e se diluem com o tempo; o amor se consolida, entretanto. Se o elo inicial, se o furor dos primeiros lampejos do desejo carnal arrefeceu, não serão buscas nem investigações externas que trarão de volta o cristalino sentimento inicial. Noutro sentido, são reformas interiores e o redescobrir-se como pessoa, ao lado do outro, que manterão acesas o desejo e a curiosidade que imantarão qualquer ser humano que esteja ao nosso lado.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 06/07/2012
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