Senhores Feudais
Eis, que os conceitos medievais, ainda hoje perduram. Nós, submissos vassalos, nos ajoelhamos perante os mandatários feudais. Locatária da paisagem macabra, é a indiferença real, que retribui como soldo, os aldeões, o povo massacrado. Os fossos, que circundam os castelos, já não são distância para os jatos rubros e quentes que esguicham em suas direções. As torres, antes intransponíveis, recebem também, as marcas da violência. Pois os atos violentos, advém do estrangulamento, do cerceamento das garantias e direitos.
Ó poderoso rei, que a tudo controla, impassível as emoções alheias; sempre a empunhar, o cetro que nos corrói e conforma. O peso do artefato que carregas, sobrepuja a maioria, com o seu falso brilho. Entrementes, o nosso tom áureo, predominará, pois eles; são os dourados trigais, que não mais lhe alimentarão. Os elos, que formam grilhões, em seus calabouços, não mais irão se fixar. Pois a liberdade, que hoje se insinua, em breve futuro irá se instalar...