Recordações

É engraçado recordar, de coisas que nos davam medo e nos aterrorizavam, só de pensarmos nessas lembranças, o amor é uma dessas coisas meio escrotas e fétidas desculpem caros leitores os palavreados que uso para descrever tal sentimento, mesmo sendo ele o mais nobre sentimento que o ser humano tem, diga-se de passagem, que é aquilo que nos torna mais humanos, mais pensantes, mais carinhosos, mais bobos e mais mortais.

Seriam os deuses agraciados pela ausência do amor? Ou eles também seriam condenados ao martírio de se apaixonar, chorar e se alegrar vivendo a sua vida para outro ser, aprendendo com os erros e acertos que o nosso ser amado tem? Acho que a vida seria melhor se não sofrêssemos por algo assim, mais verdades sejam ditas há no mundo alguém que nunca chorou por amor? Que sofreu a perda de alguém tanto para vida ou seqüestrado pela própria morte.

Que depois de um tempo resolve recomeçar em um novo ser “mesmo sendo ainda o mesmo ser fraco e apaixonado que chora as escondidas e espera que o ser amado que lhe havia desprezado lhe volte com amor ao invés de desdém”. Ainda me pergunto se nós já trazemos o amor de nós mesmo ou se aprendemos com o mundo, pois a vida e o tempo nos ensinam muitas coisas, quem nunca teve um amigo ou um amor que mudou por determinada pessoa ou situação e depois de estar nesse vórtice, que ao passo de cada escolha não consegue voltar a ser o que era antes, não consegue voltar a ter um jeito mágico e lindo de coração em prosa imortal aos nossos olhos e mortal aos olhos dos outros.

Sendo essa a mais perfeita definição que eu possa vós dar, “o amor nada mais é que um sentimento imortal aos nossos olhos e mortal aos olhos dos outros”, pois nunca deixamos de amar, podemos nos esquecer, fingir que não esta ali mais uma hora ele vai voltar e mostrará o quão assustador pode ser um amor que não se pode ser esquecido.