(...)

(Lena Ferreira)

Das cartas que não escrevo, quieta

debulho sentimentos vários em desvarios

engulo vírgulas, pontuo cansaços

exclamo fracassos em interrogações

Das sensações que me escapam em linhas

sobra-me, sozinha, a sanidade, reticente

que mente, ao fechar tantas portas

mas abrindo as comportas da alucinação

...sobre versos lúcidos que morrem

sem ânimo de virem ao mundo