As chaves
 
Negro é esse coração
Que veste armadura
Cruel também carrega em seu punho lança envenenada
Bruto com suas batidas de trovoada.
 
Atormentado coração
Que vive do passado
Duro como rocha
Parece impenetrável...
 
Quem é esse anjo  transparente e infantil?
O brilho do seu sorriso
São como raios de Sol.
De onde vem tanta felicidade?
 
Dizem que são tortas as linhas das escritas de DEUS,
Que o destino é irônico
E que o verdadeiro amor é platônico.
A verdade é que um espírito transparente
Clareia um coração obscuro
Dando a ele um futuro.
 
Assim começa a batalha...
Medo do novo, do autoconhecimento...
O fim do conforto hostil
E talvez a chegada da loucura.
 
Coração se desorienta
Sem saber o que fazer,
Deixa caírem suas lagrimas
Sem tentar recolher.
Gostas de desilusão
Encharcam mais uma vez o chão.
 
Enquanto se trava uma verdadeira guerra entre razão e coração...
Aquele anjo espera acontecer
 
Entre espadas de ódio
E flechadas de revolta,
O coração procura o escudo do amor
Que acabara de ser liberto
E estava nas vagas lembranças de DEUS.
 
Aquele anjo brincava distraído com as chaves que decidirão o seu destino do amargo coração
Dizia com muita calma,
Que eram duas as chaves em suas mãos,
Uma guardava e a outra libertava
O que estava no coração.
Só uma chave seria entregue,
Ele aguardaria uma decisão.
 
O coração se revoltou, acreditando que só as duas terminariam com a sua aflição.
Lindo anjo ria e brincava esperando a sua decisão.
Enquanto o coração pensava, uma grande guerra se travava tirando a sua concentração.
Chorava e reclamava pela difícil decisão...
DEUS responde que tudo estava em suas mãos,
Assim o coração duro e inteligente
Finalmente entende,
Escolheu a chave que guarda e guardou o anjo em seu coração com a outra chave na mão,
O anjo sempre sorridente solta todo o mal que habitava naquele obscuro coração.
 
O coração que agora é contente, porque descobriu que Deus é a salvação,
Guardou Deus também, pois aprendeu uma grande lição...
Ele sempre esteve com as chaves em suas próprias mãos.