Minhas Pegadas
Hoje me avaliando como pessoa e observando a estrada trilhada vejo detalhadamente as pegadas que deixei.
Uma série de traços pontilhados, uns afastados dos outros, alguns tão juntinhos chegando a formar desenhos no chão. Outros mal desenhados, apenas um rabisco como se tivessem sido feitos num momento de pressa, de uma corrida louca em busca de um objetivo ou fugitiva de algo em plena perseguição.
Olhando ainda as pegadas me detive em algumas marcadas profundamente, como se tivesse peso nos pés, como se estivesse marchando para batalhas. E nesta observação veio a lembrança dos tempos em que minhas convicções eram verdades escritas em pedras, ou gravadas em bronze não dando chance para que outros viessem apagá-las. Até perceber que aquelas verdades não eram únicas, que havia tantas outras realidades que poderiam ser compartilhadas com as minhas e que também poderiam servir de aprendizado.
É difícil trilhar a jornada para o autoconhecimento e, nesta caminhada, cicatrizar as feridas a cada passo. Mas os anseios não esmorecem e em cada emoção vivenciada a cura chega lentamente.
As cicatrizes ficaram e ainda as desenho com os dedos, não mais com amargura ou dor, mas com um sorriso tranqüilo, ameno, em agradecimento por ser hoje quem eu sou graças a elas.
Hoje minhas pegadas são menos tortuosas, não são marcas escavadas na estrada, sem formas e sem estética. Hoje pincelo minhas caminhadas, deixando espaços para que outros possam deixar as suas. Hoje percebo que a estrada não é só minha, que há pessoas que caminham lado a lado e que neste caminhar podemos também segurar outras mãos e servir de apoio uma para as outras.
Olhando para minhas pegadas mais recentes percebo que elas já não estão mais solitárias, têm tantas outras misturadas que é difícil descobri quais são as minhas.
Uma série de traços pontilhados, uns afastados dos outros, alguns tão juntinhos chegando a formar desenhos no chão. Outros mal desenhados, apenas um rabisco como se tivessem sido feitos num momento de pressa, de uma corrida louca em busca de um objetivo ou fugitiva de algo em plena perseguição.
Olhando ainda as pegadas me detive em algumas marcadas profundamente, como se tivesse peso nos pés, como se estivesse marchando para batalhas. E nesta observação veio a lembrança dos tempos em que minhas convicções eram verdades escritas em pedras, ou gravadas em bronze não dando chance para que outros viessem apagá-las. Até perceber que aquelas verdades não eram únicas, que havia tantas outras realidades que poderiam ser compartilhadas com as minhas e que também poderiam servir de aprendizado.
É difícil trilhar a jornada para o autoconhecimento e, nesta caminhada, cicatrizar as feridas a cada passo. Mas os anseios não esmorecem e em cada emoção vivenciada a cura chega lentamente.
As cicatrizes ficaram e ainda as desenho com os dedos, não mais com amargura ou dor, mas com um sorriso tranqüilo, ameno, em agradecimento por ser hoje quem eu sou graças a elas.
Hoje minhas pegadas são menos tortuosas, não são marcas escavadas na estrada, sem formas e sem estética. Hoje pincelo minhas caminhadas, deixando espaços para que outros possam deixar as suas. Hoje percebo que a estrada não é só minha, que há pessoas que caminham lado a lado e que neste caminhar podemos também segurar outras mãos e servir de apoio uma para as outras.
Olhando para minhas pegadas mais recentes percebo que elas já não estão mais solitárias, têm tantas outras misturadas que é difícil descobri quais são as minhas.