Não nos rendamos

Não nos rendamos à tristeza nem à escuridão; mesmo quando parecem mais fortes do que nós e querem devorar nossa vontade de lutar e de encontrar a luz da nossa felicidade.

Não nos rendamos à injustiça, ainda que os injustos tenham poder sobre nós. Mantenhamos em nós a revolta e o desejo de liberdade. Isso nos alimentará, dando-nos força para que conservemos nosso ânimo e vejamos as janelas que se abrirão e permitirão que encontremos nossa liberdade.

Não nos rendamos ao ódio, embora haja momentos em que nos sintamos tentados a odiar. Se exercitarmos a capacidade de amar, conseguiremos preservar o que há de bonito em nós e ver o que há de belo nos outros e na vida.

Não nos rendamos ao desespero nem à opressão, pois, por pior que seja a situação, encontraremos uma solução para a nossa dor.

Não nos rendamos ao sarcasmo nem à grosseria alheia porque, a partir do instante em que permitimos que massacrem nossa dignidade, nós passamos a admitir que não merecemos ser respeitados.

Não nos rendamos às adversidades, isso é o mesmo que dizer que não adianta lutar nem resistir.

Não nos rendamos à insensibilidade; quando nos tornamos insensíveis, nós começamos a perder nossa humanidade.

Não nos rendamos à indecisão; lembremos que todos temos o poder e o direito de decidir nossas vidas.

Não nos rendamos ao pessimismo; ou ele nos tragará e nos transformará em seres sem energia, amargos e desagradáveis.

Não nos rendamos à mediocridade; assumamos que merecemos ser felizes e levar uma vida plena, que nos realize.

Não nos rendamos ao egoismo alheio; ninguém tem direito de nos roubar o direito de viver as nossas vidas.