Sede no Castanheiro

O tempo do menino que é outro.

O tempo da sibele, a cadela que custou cento e sessenta reais.

Ela é vira lata porém ótima pastora, diz ele.

O vaqueiro antigo levou o cão da perna quebrada.

A seca que assola o sertão da Bahia no vale do São Francisco em dois mil e doze é a mesma dos anos anteriores com proporção apenas maior.

O poço do Castanheiro não é solução!

A sede, só o pipa mata.

A visão é de um imenso lago: uma visão real; não a do deserto;

Não uma ilusão de ótica!

Melhor que fosse; não dessedenta.

O vaqueiro atual já mudou de vida! Afirma o dono das terras e das criações, pai do menino.

A confusão é entender as ações do Governo; o proceder para receber as frentes de ajuda.

Assim como a seca é a mesma, diferente apenas na intencidade, as soluções dos poderes públicos se repetem sem respostas definitivas.

PSNCOSTA

Paulo Sérgio Costa
Enviado por Paulo Sérgio Costa em 24/06/2012
Código do texto: T3742719
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