foto/Lilianreinhardt
   



                   As  minhas ilusões são pipas voadoras da pátria da infância, o planeta mais  puro da minha vida  que eu habitei e nas profundezas ainda me habita.  Lá eu ouvia os caramujos voadores noite e dia falarem-me da beleza dos seixos pelos rios, mares, dormitando nos braços das ondas nas areias desertas, ouvia eles contarem a história  de que  os seixos ficam pelo  caminho à medida que as correntezas como  pipas se alçam aos céus sob o  vento. Lembra-me os alquimistas da idade média e seus tubos de ensaio misturando e separando as substâncias.\O ponto que coreografa os meus passos pulsa na teia das minhas linhas e minha árvore tece o pullover violeta/púrpura, a Arte da vida que se faz sentido para eu respirar.  Sou vida e morte.  Na minha insolitude exercito-me para decantar-me,  na queima da forja sangro, e minhas ilusões esvoaçam .....tem asas, caminham por beirais inimaginados...não  há lugar para soprar palavras de fumaça sobre o amor... há necessidade de muitas vidas para aprender a soletrar o alfabeto do amor... e, eu ainda sou árvore cega  de Betsaida...

P. S. publicado às 13,16 hrs.