My desire
Meus caros, não sei como lhes dizer, somente há dor em minh’alma, cada passo é um fardo, muitos pedem a vida, e eu estou a ponto de tira-la. Tudo parece em paz, mas quando o vulcão entra em erupção, transborda lamentações e tristeza. No surprises.. já dizia a velha música tocando no rádio.. e eu estou intercalando as cores das listras do vestido da menina que está dançando no centro do palco enorme que têm na esquina de outubro. Folhas amarelas caem sobre a minha pele jogada nesse chão frio e sujo. Minha vida está pior. Ah! amanhã pode ser melhor, eu posso tentar voar como as borboletas do céu azul cristal, ou com as beija-flor que correm pelo quintal, com a certeza de que ninguém terá a mesma velocidade no voo, Amanhã.. seja melhor, não me frustre como o hoje como o sempre, como cada dia que eu respiro. Faça por favor o outono perdurar, e ficar sempre pra que eu possa ver folhas caindo assim com a minha vida desmorona, assim como a lava do vulcão está a sair de dentro dele. Peço-te somente que não me deixe parar de sentir o cheiro das belas rosas que podem conter no meu quintal. Me proteja do mal, da vida alheia, da palavra e da profecia. Salva-me de “mim”. Tire-me daqui, me abrace com força e me proteja. Preciso de calor de vida e fugacidade. De verdade, de saúde de flores,de outono. ADEUS, estou indo! as flores amarelas devem ser colhidas na noite, e eu tenho que pega-las para que eu possa re-acreditar, que meus olhos cor-de-mel, ainda podem ver.