Buquê de Flores

Minha alma aceita essa paixão como se eu não estivesse sóbria.

Vai ver, é esse o poder de se estar apaixonado, se estar inebriado com toda a força da irracionalidade.

Mas, na realidade, nos passos ausentes de solidão,

descubro-me nua, sem desejar, de fato, estar assim: junto.

Não nasci para pertencer!

Não possuo em mim a submissão que converte mulheres em domadoras ( na maioria dos casos de amor ).

E, nesse instante de paixão profunda, vejo-me dona de mim, e isso, não condiz com o que eu sinto, com o que a sociedade julga ser o correto, união.

Não me uno!

Sou eu mesma em todos os meus instantes!

E, como posso então permitir que meus pensamentos acordem e durmam nessa lembrança de você?!

Quando distante, sinto-me apaixonada, tola, embriagada.

Quando presente, sinto-me presa, condicionada, domada.

Não quero sentir mais nada disso...não quero!!!

Nenhum troféu levarei como lembrança...apenas, o seu buquê de flores!

INSÔNIA
Enviado por INSÔNIA em 22/06/2012
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