Buquê de Flores
Minha alma aceita essa paixão como se eu não estivesse sóbria.
Vai ver, é esse o poder de se estar apaixonado, se estar inebriado com toda a força da irracionalidade.
Mas, na realidade, nos passos ausentes de solidão,
descubro-me nua, sem desejar, de fato, estar assim: junto.
Não nasci para pertencer!
Não possuo em mim a submissão que converte mulheres em domadoras ( na maioria dos casos de amor ).
E, nesse instante de paixão profunda, vejo-me dona de mim, e isso, não condiz com o que eu sinto, com o que a sociedade julga ser o correto, união.
Não me uno!
Sou eu mesma em todos os meus instantes!
E, como posso então permitir que meus pensamentos acordem e durmam nessa lembrança de você?!
Quando distante, sinto-me apaixonada, tola, embriagada.
Quando presente, sinto-me presa, condicionada, domada.
Não quero sentir mais nada disso...não quero!!!
Nenhum troféu levarei como lembrança...apenas, o seu buquê de flores!