Também me transporto
Também me transporto
para além dessa realidade pérfida
para aquém desses valores mundanos
Me transporto para as nuvens
e faço chuva pra lavar as almas
Me transporto ao passado
E deixo por lá esse legado
Faço do castelo
um lugar seguro
Fecho as janelas para o mundo
Onde nada possa me afligir
Fico por ali a espreitar
Imaginando como seria bom nao se importar
Deixando de me importar momentaneamente
Me transporto, me resguardo
Como a parideira após o parto
Meu parto um fato relevante
Para que eu me transporte
Para além dessa sorte
E me deixe por lá relaxar
E por alguns minutos ou horas
Realmente nao me importar
Apenas viver a sanidade dos loucos poetas insanos.