Pensar pequeno

Pensar pequeno

Certas pessoas chegam perto de mim, bem resolvidos na vida, situação econômica financeira e econômica boas e batem no peito dizendo que quando crianças vendiam pé de moleque nas esquinas ou engraxavam sapatos e que esse talvez tenha sido o motivo, a alavanca que os tenha levado a situação que possuem hoje.

Tudo bem, pode ser um orgulho, uma bandeira esse passado humilde, mas não acho que isso definitivamente tenha sido tão decisivo na formação do individuo.

Eu digo sem medo de errar, o progresso pessoal, a vontade, a garra fazem parte da índole, da constituição da pessoa. Conheço também muita gente que trabalha de faxineira ou faxineiro durante muitos anos ou como catador de lixo reciclável e fica nisso a vida inteira.

Portanto, o mais importante para o desenvolvimento pessoal é e será sempre certamente circunstancias que empurram o individuo a sempre querer mais, progredir na vida, muito mais pelo prazer que ele tem em viver e esse prazer vai se avolumando e criando necessidades. Existe também o amor próprio, a humildade, a vontade de aprender.

Vender pé de moleque que a mamãe faz pra vender na praça pode ajudar em algumas necessidades básicas, naquele momento, naquela fase da vida e mostrar que o trabalho dignifica o ser humano.

Mas o importante é descobrir e inovar, procurar fazer o melhor pé de moleque, e a procura aumentando, diversificar, fazer outros doces, outros petiscos, crescer os olhos no mercado e ter visão para uma produção em série e saber fazer um merchandising para prosperar, aumentando produção e vendas e se nada disso der certo e não houver possibilidade ou conhecimento suficiente para se prestar um concurso publico, ou prosperar numa grande empresa, vai tentar evoluir fazer um esforço para se dar bem em qualquer outra atividade.

Temos que combater abertamente o comodismo, a preguiça, como por exemplo o sujeito que trabalhou a vida intera numa rede ferroviária, e seu trabalho era ficar ali conferindo os trilhos com um pedaço de ferro e dependendo do som que se ouvia, ele chamava o chefe da estação que tomava uma atitude.

Quando foi aposentar, foi instruído a treinar o colega que o substituiria e este perguntou a ele, o significado daqueles barulhos e porque nesse tipo de som que ele instruía, ele tinha que chamar o chefe. – Ele então respondeu: Não sei, trabalho aqui há 30 anos e nunca tive a curiosidade de saber porque, e nem quero esquentar a cabeça com isso.

É exatamente por isso que pessoas com essa característica, hoje, estão ficando desempregados, pois a tecnologia moderna, instala um sensor de R$50,00, interligado a um sistema no computador e pronto o cara ta na rua da amargura e a empresa ganha segurança e mais eficiencia com um custo mais barato.

O que não dá é pra ficar atrás de um caixa de supermercado também, com um curso superior, ou com uma boa cultura e um curso médio, ganhando R$25,00 por dia e sendo explorado por essas redes inescrupulosas, que ainda punem o funcionário numa quebra de caixa eventual. Ou seja, a pessoa está pagando pra trabalhar e não enxerga isso.

Se for filho de um pai rico, fica pior ainda fazer investimentos para enriquecer empresas de terceiros com a tal franquia. Quem não tem competencia, que não se estabeleça.

O ser humano, principalmente o jovem, não pode se acomodar, não pode ficar submisso às regras do sistema e fazer como se faz atualmente no Brasil, pagar pra trabalhar e muitas vezes sem uma carteira assinada, sem qualquer identificação com o sistema público visando uma pífia aposentadoria quando a velhice chegar.

E depois dizem que na China é que existe escravidão. Será?

Luiz Bento (Mostradanus)
Enviado por Luiz Bento (Mostradanus) em 21/06/2012
Reeditado em 21/06/2012
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