Sem motivos



Não existe uma porta, nem uma janela
dentro ou fora de mim. É tudo surreal...
Fechado,
É como se eu  fosse louca,
Aceitar... Aceitar-me
Querendo desatar um nó e não conseguindo.
Falta estímulo, falta a ponte para atravessar o intransponível.
Não está só na vontade encarcerada fico e até gosto...
Gosto desse vazio
Sair do enclausuramento para que?
Não sei vencer o que predomina.
São devastadores: O sentido existencial e a ansiedade,
Não consigo,
Não posso vencê-los pois estão grudados,
atados à minha insegurança. Tenho mil motivos
Para seguir, para ficar e sem motivos estou detida presa em mim.
Presa e condenada. Fico nessa mesmice.

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 19/06/2012
Reeditado em 25/05/2016
Código do texto: T3731861
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