Sem motivos
Não existe uma porta, nem uma janela
dentro ou fora de mim. É tudo surreal...
Fechado,
É como se eu fosse louca,
Aceitar... Aceitar-me
Querendo desatar um nó e não conseguindo.
Falta estímulo, falta a ponte para atravessar o intransponível.
Não está só na vontade encarcerada fico e até gosto...
Gosto desse vazio
Sair do enclausuramento para que?
Não sei vencer o que predomina.
São devastadores: O sentido existencial e a ansiedade,
Não consigo,
Não posso vencê-los pois estão grudados,
atados à minha insegurança. Tenho mil motivos
Para seguir, para ficar e sem motivos estou detida presa em mim.
Presa e condenada. Fico nessa mesmice.