Amanhã será um novo dia
Preciso escrever.
Na verdade, eu preciso berrar, me espernear, xingar, quebrar os copos, querer me jogar pela janela.
Mas além de eu não estar em um lugar propício para todas essas reações novelísticas, estou velha demais para esses exageros. Limito-me a dar um pulo ao banheiro para liberar algumas lágrimas no mais profundo e absoluto silêncio – nem as intensas soluçadas fizeram barulho.
Vou desligar meu computador, preparar um chá de hortelã. Tudo vai passar.
Sempre passa.