Clarice Lispector na minha cabeceira
Às vezes alguém escreve o que sentimos e não conseguimos colocar no papel. E quando esse alguém escreve o que sentimos de verdade nossa alma estremece de alegria. Este é o motivo porque abaixo transcrevo dois pensamentos da grande escritora Lispector, que se serviu da literatura para falar da vida, com uma originalidade que era só dela.
Aí vai o primeiro pensamento: “Pelas plantas dos pés subia um estremecimento de medo, o sussurro de que a terra poderia aprofundar-se. E de dentro erguiam-se certas borboletas batendo asas por todo o corpo”.
E o segundo pensamento: “Esperança é como o girassol que à toa se vira em direção ao sol. Mas não é à toa: virar-se para o sol é um ato de realização de fé.”
Estou lendo todos os livros da Lispector para falar sobre ela, pois faço parte de um grupo que procura resumir a leitura de livros, para incentivar a leitura no nosso país.
Ah! deixa eu citar mais dois pensamentos dela:
" Eu vou lhe dar de presente uma coisa. É assim: borboleta é pétala que voa".
"Ah, meu amor, não tenhas medo da carência: ela é nosso destino maior. O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente. O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe da graça - que se chama PAIXÃO."
E deixo aqui a importante advertência dela de que é necessário ser corajoso para escrever.