Não cai dos sonhos, menina...
Me perdi seguindo meus sonhos por uma estrada sem saída. Mas nem sei... Nem sei mais. Acho que nunca soube. Ando e paro, ando e deito, ando e durmo. Luto e corro, e nem sei mais. Da vontade de chorar, de gritar... E tudo que eu disse, tudo que eu fiz vai se despedaçando no vento, nessa brisa leve e quase imperceptível chamada tempo que, muitas vezes, destrói cidades inteiras. A gente grita em silencio, e chora escondido. Não vale a pena mostrar. Não vale a pena deixar seus sentimento serem levados pela brisa. Difícil é entender porque de tudo isso. Qual é mesmo o propósito? De tudo isso... Não fica nada. Mas importa. Importa tanto. Não nega. Não luta. Importa. Mas porque? A gente corre pela rua, a gente luta o tempo todo. Umas vezes a gente escorrega, dorme no caminho... Alguns param. Mas os que continuam não encontram nada à frente. É rua sem saída. Ou você volta, ou acaba tudo. Ou você regride, ou se incontenta com aquela ultima casinha lá da rua. Levanta o rosto que é melhor. Cuidado, porque se olhar pra baixo não encontrará mais chão algum. Quando você percebe já está caindo. Caindo, caindo, caindo... Quando acordamos é difícil voar de volta pros seus sonhos. Cuidado. Não cai. Fica em pé, corre e luta. Ou cai... Mas se cair, fique sabendo: É difícil voltar. E eu te garanto, menina. As ruas lá de cima, são muito mais aconchegantes. Não pense que tu vai cair em chão de nuvens. Enquanto a gente dormia, os homens asfaltaram o mundo real. Dói cair.