Dorme comigo
Era uma madrugada meio fria de sábado para domingo, talvez fosse lua cheia. Um celular tinha se extraviado, um batom achado, uma carona perdida. Mesmo assim ela chega em casa, sã e salva. E sozinha. Que belo invento essa internet, ela pensa. Assim pode pedir para certo rapaz ir visitá-la tarde da noite.
Os dois ainda estavam meio bêbados, depois de uma noite louca para ambos, em pontos diferentes da cidade. Ela tomou banho enquanto esperava ele chegar. Ele chega rápido, o interfone logo toca. Ele sobe uns três andares de escada (não tinha elevador), ela abre a porta, e ele a beija no rosto. Sem cerimônias, em seu quarto, ele fica de cuecas. Ela está de camisola. Deitam-se e ficam abraçados, enquanto o dia amanhece em sua janela.