Há muito tempo fui diagnosticada como louca e quase o tempo todo convivo com dementes de diferentes graus de insanidade; o tempo que me resta é comigo mesma que passo. São nestes momentos que fico arquitetando uma fuga eficiente deste hospício no qual me vejo aprisionada.  O que muito me é inquietante é saber que a única fuga possível seria um voo espacial para algum planeta desconhecido e habitado por seres totalmente inversos aos que conheço (?). Preciso descobrir apenas onde há uma nave capacitada para tal viagem à disposição e então poderei retirar do meu peito o crachá que me conceitua o diabo a quatro desta aglomeração endoidecida.
Se eu soubesse da porra que me aguardava, aquele espermatozoide estaria correndo atrás daquele óvulo ad aeternum.