O Amor é a Solidão em Potencial
Nessa paisagem tão insana me repouso como louco voraz.
Mesmo diante de tanta tranqüilidade, ainda, me falta paz.
O constante descaso de me casar com o que me devora sem piedade.
Transformo minha solidão em submissão, em humildade...
Lavo minhas mágoas nas estradas pecaminosas de outrora,
Contemplo tudo ao redor e me vejo como único defeito da paisagem,
O único descompassado nessa imensa e tortuosa engrenagem.
Parei de ficar arremessando pedra no lago.
É difícil encontrar latas na rua para chutar
E cigarros absurdamente excitantes e reflexivos,
Que me estimulem gozar dos prazeres mais ilícitos.
Talvez, eu escreva um poema bonito
Sobre a minha forma melosa de amar...
Porque, no momento, eu sou P.H.D. no que se refere ódio,
Me afasto do que é obvio,
Abro as cortinas da saudade, descansando, assim, nessa maré de sentimentos.
Quando amanhã eu ficar sóbrio,
Me arrependerei por ter chorado.
Magoado, frente ao ocorrido, abraçarei a boêmia novamente,
Me contentarei com os amigos mais influentes da minha juventude inexorável
E miserável...
E miserável...