Alucinógeno
Por que eu perco os sentidos
Quando meus olhos encontram os teus?
Quando ouço tua voz?
Por menor que seja a vibração, o ruído
O barulho que você faça
Eu perco a noção, a hora, a razão
Você me tira o equilibrio, a realidade
Minha doce realidade vira pó
Vira nuvem, fumaça, vira nó
As imagens se perdem, se distorcem
Me vem todos os delírios, as sensações
O frenesi acelera o coração
Batimentos, respiração
Tudo descompassa
Desconecta-se
Desaparece a visão
O que era real vira ilusão
Minhas alucinações vêm e vão
Você vai e volta com elas, não fica
Não me abraça, não me acalma
Você é minha droga, meu torpor
Meu inconsciente, meu desespero
Mas se não te vejo tudo se vai
A loucura foge, o delírio perde-se no ar
Volto a ser eu, ser paz e harmonia
Só você tem o poder de um alucinógeno
Na minha veia
Na minha paranóia