Alucinógeno

Por que eu perco os sentidos

Quando meus olhos encontram os teus?

Quando ouço tua voz?

Por menor que seja a vibração, o ruído

O barulho que você faça

Eu perco a noção, a hora, a razão

Você me tira o equilibrio, a realidade

Minha doce realidade vira pó

Vira nuvem, fumaça, vira nó

As imagens se perdem, se distorcem

Me vem todos os delírios, as sensações

O frenesi acelera o coração

Batimentos, respiração

Tudo descompassa

Desconecta-se

Desaparece a visão

O que era real vira ilusão

Minhas alucinações vêm e vão

Você vai e volta com elas, não fica

Não me abraça, não me acalma

Você é minha droga, meu torpor

Meu inconsciente, meu desespero

Mas se não te vejo tudo se vai

A loucura foge, o delírio perde-se no ar

Volto a ser eu, ser paz e harmonia

Só você tem o poder de um alucinógeno

Na minha veia

Na minha paranóia

Ranny de sousa
Enviado por Ranny de sousa em 29/05/2012
Código do texto: T3694022
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