Religião e Verdade.

Religião e Verdade.

Para a compreensão deste texto é conveniente ler “Justiça e Amor”, Verdade e Justiça e Utopia”, “Política e Verdade” e “Justiça e Amor” – no Recanto das Letras −, que integram um livrinho que faço chamado “À Nossa família (Curiosidades e Lembranças)”.

De onde vêm as verdades estabelecidas (na minha cultura)? Da educação! E o que é a educação? Condicionamento a respeito de valores estabelecidos!

Neste binômio verdades-valores (que mais se assemelha a uma tautologia, pois verdade e valor são conceitos visceralmente imbricados), o indivíduo é condicionado (formado ou educado).

“Condicionado” - no final do século XIX e no início do século XX, um fisiologista russo chamado Ivan Pavlov (1849-1936), ao estudar a fisiologia do sistema gastrointestinal, fez uma das grandes descobertas científicas da atualidade: o reflexo condicionado. Foi uma das primeiras abordagens realmente objetivas e científicas ao estudo da aprendizagem, principalmente porque forneceu um modelo que podia ser verificado e explorado de inúmeras maneiras, usando a metodologia da fisiologia. Pavlov inaugurava, assim, a psicologia científica, acoplando-a à neurofisiologia. Por seus trabalhos, recebeu o prêmio Nobel concedido na área de Medicina e Fisiologia em 1904].

Já vimos, com outros exemplos, que o fato de se adorar uma Vaca (na Índia) e aqui ser a sua carne alimentação não faz disto, necessariamente, relativa a verdade de que a Vaca é sagrada lá – é verdade absoluta estabelecida que a Vaca é sagrada na Índia, e é verdade absoluta que a vaca não é sagrada aqui (não confundir com pontuais exceções existentes...).

Recebendo a educação (na Índia) de que a Vaca deve ser adorada, e (aqui) de que Cristo deve ser adorado, onde está a verdade? É mutuamente excludente essa relação entre os adorados? Sim e não! Sim: para os indianos prepondera a adoração à Vaca; para os brasileiros prepondera a adoração a Cristo. Não: para os indianos é verdade absoluta a adoração à Vaca; e, para os brasileiros, é verdade absoluta a adoração a Cristo.

Contendo a educação aspectos limitadores (controladores) da conduta com verdades estabelecidas, a Religião, concebida sob aspecto político [ver “Política e Verdade”], é um mecanismo psicossocial necessário à convivência [ver “Adolf Hitler e Jesus Cristo”].

Mesmo dentro de todos os meus pecados, militando na advocacia criminal constato o que e como a Religião imprime na mente a imprescindibilidade de não causar a dor-sofrimento ao próximo (nem ao inimigo – Mateus 5, 43-48). Verdadeiros milagres acontecem em nome de Jesus Cristo [o já condenado criminoso se transforma em testemunha viva de sua Fé Nele – Hebreus 11,1].

Então, pode-se concluir que qualquer política que não envolva a Educação, e a educação (a começar na família) não conceba a Religião, também, como base de sustentação à convivência - o progresso é ilusório perdurando nas finanças!

Ass.: Rodolfo Thompson - 28.05.2012.

Ps. adotar um seguimento religioso não é o mesmo que torcer por um time de futebol: − “o meu é melhor que o seu” − “tem mais títulos” – “faz mais gols” etc.

Ps. do ps. A frase “a minha forma de amar a Deus é melhor que a sua” coloca o “adorador” em supremacia ao outro... tornando-o “especial” diante de Deus... e o resto das pessoas são o resto das pessoas (“infiéis”, “diabólicos” etc.)... E o Pai deve se perguntar: -“por que os meus filhos se digladiam em meu Nome”?

Rodolfo Thompson
Enviado por Rodolfo Thompson em 28/05/2012
Código do texto: T3691960
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