CLAMOR
A minh’alma pede socorro.
Os meus olhares, ficam perdidos no tempo.
O mesmo tempo que consome as minhas esperanças, as minhas alegrias.
O meu rosto vai se padecendo, o meu andar é solitário e infinito.
Os caminhos pelo quais passo, deixam me aflitos, inseguros, já não tenho forças para derrubar as barreiras que me impedem o meu caminho.
As lágrimas que caiem de meus olhos, são de tantos sofrimentos, que a minh’alma se acostumou.
Dormia despido, de sentimentos, os meus lábios clamavam por piedade, por algum refúgio, a melodia que pairava sobre mim, calou-se por completo.
O fogo que ardia dentro de mim, aos poucos iam se apagando.
E cada esforço, era inútil sem valor algum.
Até no dia em que te aceitei, senti a tua presença ao meu lado.
Mostrando-me que nada perante a você é impossível, e que caminhando lado a lado as barreiras dissolvem com o teu sopro.
O mesmo sopro que deu a vida.
Agora a minh’alma está em paz, os meus lábios já não clamam por socorro, os meus olhares não são vazios, pois sinto a presença do espírito santo, glorificando os meus sentimentos, e reascendendo o fogo que existe em mim.
Agora a minh’alma clama de felicidades.