Pensando no futuro
E de repente me pego pensando no futuro, quando nada mais for tao bonito e intenso.
Penso como será minha vida quando tiver meus 80 anos, quantas pessoas que fazem parte do meu presente, farão parte do meu futuro, e de quantas eu lembrarei...
Meus filhos e netos terão a sensibilidade de cuidar de mim quando não puder mais me cuidar sozinha? E se eu não puder expressar
minhas vontades? Dizer o que eu penso, como digo hoje todos os dias, e se eles me largarem num canto, sem saber o quanto lutei e o quanto sofri para fazer com que eles crescessem, se formassem e vivessem? E se eles me considerarem apenas um fardo que os atrapalha na hora do jantar, que faz deles pessoas infelizes?
E se eu esquecer de tudo o que vivi, de tudo o que passei, assim como Allie (diário de uma paixão – Nicholas Sparks), e não tiver nada que possa me recordar...
E as pessoas que amo tanto hoje, mãe, pai, irmã, sobrinha, amor, onde elas estarão?
Qual é o sentido de viver uma vida tão “longa”, amar tantas pessoas, construir tantas historias, acordar cedo para trabalhar, trabalhar para comprar, comprar para me satisfazer, me satisfazer para... morrer?