Pensando no futuro

E de repente me pego pensando no futuro, quando nada mais for tao bonito e intenso.

Penso como será minha vida quando tiver meus 80 anos, quantas pessoas que fazem parte do meu presente, farão parte do meu futuro, e de quantas eu lembrarei...

Meus filhos e netos terão a sensibilidade de cuidar de mim quando não puder mais me cuidar sozinha? E se eu não puder expressar

minhas vontades? Dizer o que eu penso, como digo hoje todos os dias, e se eles me largarem num canto, sem saber o quanto lutei e o quanto sofri para fazer com que eles crescessem, se formassem e vivessem? E se eles me considerarem apenas um fardo que os atrapalha na hora do jantar, que faz deles pessoas infelizes?

E se eu esquecer de tudo o que vivi, de tudo o que passei, assim como Allie (diário de uma paixão – Nicholas Sparks), e não tiver nada que possa me recordar...

E as pessoas que amo tanto hoje, mãe, pai, irmã, sobrinha, amor, onde elas estarão?

Qual é o sentido de viver uma vida tão “longa”, amar tantas pessoas, construir tantas historias, acordar cedo para trabalhar, trabalhar para comprar, comprar para me satisfazer, me satisfazer para... morrer?

Prih Garcia
Enviado por Prih Garcia em 23/05/2012
Reeditado em 14/05/2014
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