Respostas...

Um dia, quando eu estiver bem velho... Espero ter as respostas que eu sempre procurei. Sobre o que é o amor, porque coisas ruins acontecem e porque o céu é azul.

Por que as despedidas são sempre ruins, e porque o meu coração sempre pulsa mais rápido na presença de certas pessoas, ou em certas situações que não se explica. O motivo do corpo nos trair por completo, ou até mesmo porque quando ele deve nos trair ele não consegue.

Um dia pretendo descobrir os labirintos da minha cabeça. E marcar a trilha com uma corda, pra quando eu estiver perdido, lá no meio do nada, eu simplesmente saber o caminho de volta.

Quando eu estiver para partir, pretendo encontrar as chaves do meu velho peito... Essa que eu joguei pela janela faz tempo e perdi. Ou talvez não, é, isso eu não queria encontrar...

Velho, bem velhinho mesmo, eu queria saber dos segredos da vida. Sobre as traquinagens do destino e sobre como a vida funciona; se é um jogo de dados, ou se é tudo previamente programado, como uma espécie de planejamento divino, sei lá.

Se somos seres aleatórios andando por ai, vagando à própria sorte; ou se tudo está realmente escrito. Queria saber também se essas coisas de “certo” e “errado” existem, ou se são coisas que nós mesmos inventamos pra nos policiar.

Deitado, com o meu coração em paz, eu queria que me respondessem de onde vem os sentimentos que temos: ódio, paz, amor, prazer... Enfim, não só eles. Já me deram muitas respostas, mas poucas chegaram a alguma coisa satisfatória. Desde químicas misteriosas no cérebro, até aquele velho bordão: “O amor não se explica”.

Lá, eu queria saber por que a gente carrega tanta coisa da vida... Pessoas, lembranças, fotografias e momentos. Queria saber, entre tantas coisas, o motivo de certas coisas darem errado... Mesmo quando a gente planeja que tudo vai dar certo. Também queria saber mais sobre as pessoas que entram na nossa vida. O porquê de elas entrarem e simplesmente nos mudarem.

Saber um dia talvez do motivo de ser assim. De conseguir ainda que involuntariamente afastar as pessoas de mim, e saber como eu faço para elas voltarem; melhor dizendo, o que eu preciso fazer para elas voltarem.

Talvez um dia sabendo essas coisas todas, eu seja alguém que nunca fui. Sei lá, alguém diferente, alguém melhor do que dizem que eu sou. Talvez até um dia, no meio dessas perguntas eu consiga achar o caminho em que você está para até, quem sabe, seguirmos juntos por ele.

Marcos Tinguah Vinicius
Enviado por Marcos Tinguah Vinicius em 22/05/2012
Código do texto: T3682152
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