Desorganização total

.: Palavras me chegam até o pensamento, completamente misturadas.

Nada faz sentido ao tentar uni-las de maneira coerente e coesa.

As idéias não se formulam. Não existe começo, meio e fim.

Desorganização total.

Vontade de escrever...escrever...escrever...

Procurar o sentido de tudo...da busca...da sobrevivência...do caos instalado...da solução permanente.

Mesmo com tanta vontade, nada surge.

Lacunas de sentimentos. Um A perdido ali, outro I jogado por lá, Ms escondidos, Ns flutuantes....Vazios....buracos sem fim.

Idéias estonteantes. Que poderiam embriagar aos olhos dos apaixonados pela leitura. Mas, nada de inspiração.

Já foram várias melodias, várias canções. Quem sabe assim, algo surgia.

Nada.

Vazio continua. Letrinhas aumentando ... Vontades crescendo.

Queria ser um floquinho de algodão, desses que o vento leva.

Daria pra sair do marasmo, embalada pela velocidade de meu condutor.

Talvez nessas andanças ao vento, a inspiração encontrasse.

Não precisaria ser algo avassalador, daquelas que encantam à primeira lida.

Simplicidade é sempre bem vinda.

Acabo de perder um V ali. Não consigo fazê-lo encaixar-se no parágrafo pessimamente formulado n'alma.

Acho que vou arriscar o tema ( pronto acaba de me fugir qual tema era).

O que será que acontece aqui dentro?

Porque não mais consigo dar sentido às coisas?

E esses lapsos de memória? De onde surgem?

Seria isso uma fuga?

Não, nunca fui pessoa de fugir de nada. Salvo das cintadas de minha mãe, quando era criança.

Nesse exato momento, o cérebro travou. Estranha sensação de impotência. Um oco com eco enorme. Cadê? Cadê? Cadêê.....

De onde vem , meu Deus, essa inspiração? E se ela me deixou, pra onde resolveu voar?

E se não voltar? E se me abandonar de vez?

O que vou fazer com o A's, B's e C's, jogados no canto?

Como organizá-los a partir de agora?

Dúvida.

Tristeza.

Eco oco sem fim.