Tempo que passa, tempo que corre, tempo que espera...

Oi gente... passei um tempo sumida, mas estou de volta.... bom, aqui vai mais um texto, espero que gostem.

Bragança Paulista, 28 de março de 2012...

Meu Deus! Já estamos no dia 28 de março. Nem começou o ano, e já estamos pensando em ovos de Páscoa, férias de Julho e até mesmo vendo vestidos para formaturas de dezembro e festas de final de ano. O tempo voou mais uma vez. Novamente, começamos o ano e nem percebemos seus dias passarem.

O quê está acontecendo? Será que as horas passaram a ter menos minutos? Ou os minutos possuem menos segundos? Quem sabe, o problema está justamente nos milésimos de segundos que devem estar passando mais depressa... Talvez, não seja nada disso...

No mês de fevereiro tive a oportunidade de visitar uma amiga muito querida (Betânia Campos), no estado de Goiás. Durante minha estada, fui convidada para passar um dia em um sítio, ali no interior do estado. Saímos cedo de casa, pegamos a estrada e partimos rumo ao nosso destino. Fiquei empolgada com a ideia, passar um dia em contato com a natureza me parecia uma agradável escolha.

Chegamos ao sítio, e lá aprendi a fazer algumas coisinhas... colhi mandioca, colhi acerola, limão, aprendi a matar galinha, e mais algumas coisas. Parecia que estávamos ali há horas e, quando percebi nem havíamos passado do meio dia...

Diante disso, fico tentada a imaginar que o nosso atual problema não seja os dias mais curtos, ou horas com menos minutos e, sim o excesso de coisas que temos para fazer dia a dia. Há uma necessidade desenfreada de se fazer tudo ao mesmo tempo. Nada pode ficar para depois, afinal não podemos ficar para trás.

Corremos para conseguir o primeiro lugar na empresa, nos negócios, em tudo, e deixamos de lado coisas que trazem alguns valores para nossas vidas. Família, respeito, compaixão, educação, valores, princípios, parecem que não possuem tanta importância, e aos poucos nos tornamos máquinas distantes do mundo humano, e imersos em coisas fúteis e passageiras.

Não que eu seja contra o trabalho e busca por reconhecimento, pelo contrário, sou a favor, e procuro isso para a minha vida, mas creio que tudo precisa de um limite, e o ‘X’ da questão está justamente quando este limite é excedido. Uma coisa é você ir, trabalhar, estudar, e tentar ter um pouco mais de conforto para você e sua família, outra bem diferente, é você se envolver tanto em negócios, que acaba por não ter tempo de dar um beijo de boa noite nos filhos, ou passar um fim de semana à toa, curtindo a família e as coisas boas da vida.

Enquanto não pararmos para valorizar as pessoas que Deus colocou ao nosso redor, não perceberemos sentido na vida e, permaneceremos correndo contra o tempo, sem viver o hoje, e se preocupando tanto com o amanhã que quando ele chegar não perceberemos, ou estaremos cansados e estressados de mais para saudá-lo com um sonoro bem-vindo. Vivemos o hoje como se não houvesse amanhã e, ao mesmo tempo nos preocupamos tanto com o amanhã que esquecemos de aproveitar o hoje.

Acho que foi Buda que sabiamente afirmou: “Os homens que perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde; Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro; vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido”. Meu sincero desejo, é que pensemos mais a respeito disso e, que possamos realmente aproveitar mais este presente tão precioso que temos, o Tempo, sabendo aproveitá-lo o máximo possível.

Que possamos sorrir diariamente, dar gargalhadas sempre que possível, chorar ao assistir um filme, e permitir que uma criança alise nossos cabelos. Que possamos amar intensamente, cair quando preciso, e se levantar logo em seguida. Que possamos comer mais chocolate, trocar o almoço por um lanche, rir de coisas sem sentido, e ajudar um velhinho atravessar a rua. Dar valor às coisas pequenas e importar-se com as grandes, vestir nossas roupas de festa, se alegrar com o amor de nossa juventude e beber com alegria nosso vinho, desde que não esqueçamos de uma coisa, tudo o que fizermos, Deus trará em juízo...

Precisamos aprender a viver com alegria a nossa mocidade, antes que venham os maus dias, dos quais vamos dizer, não tenho felicidade neles. Anseio ter sabedoria para aproveitar o meu tempo, o máximo possível, e saber ser feliz através dos pequenos atos e oportunidades que a vida nos oferece.

Kelly Priscila

28/03/2012

9:44h

Café e Leitura
Enviado por Café e Leitura em 20/05/2012
Código do texto: T3678721
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