O Bem e o Mal

Assim como a verdade e a justiça (ver textos), o bem e o mal são “relativos”? Ou seja, o que é verdade, justo, bem, e mal para um pode não ser concebido da mesma forma para o para outro? Sim, e não! Para essa resposta, a par do que já disse em Verdade e Justiça, é necessária a compreensão do significado das expressões “objetivo” e “subjetivo”!

“Objetivo” é o que é visto, percebido, concebido etc. da mesma forma, meio, modo, lugar, tempo etc. Por exemplo: eu estou diante de um computador lendo esse pensamento.

“Subjetivo” é o que pode não ser é o que é visto, percebido, concebido etc. da mesma forma, meio, modo, lugar, tempo etc. Por exemplo: eu estou diante de um computador bonito lendo esse pensamento.

Em ambos os casos, não há dúvida de que o leitor está diante de um computar, pois isto é “objetivo”, mas, se este computador é bonito é uma visão sua, que pode não ser a mesma de outra pessoa.

É óbvio que, num despropositado exercício dialético, alguém pode dizer: –“eu estou lendo esse texto mas não sei que aparelho eletrônico é esse”! Aí, nem vale a pena continuar...

Logo, um mesmo objeto tem dois aspectos: o objetivo e o subjetivo. De regra, a confusão que se faz com a frase “tudo é relativo” decorre da mistura entre os conceitos de “objetivo” e “subjetivo” para o mesmo objeto, dando-se preferência para o seu aspecto subjetivo – isto é, como os objetos têm o seu lado subjetivo, eles são relativizados: o que é bom para um pode não ser bom para outro, o que é verdade para um pode não ser verdade para outro, o que é justo para um pode não ser justo para outro, e assim sucessivamente... Nesta perspectiva, até mesmo a frase “tudo é relativo” se perde em si mesma, desde que, tomando-se à risca o seu conteúdo, ela também vai sofrer o seu efeito, pois é relativa, admitindo-se que nem tudo é relativo... Se “tudo é relativo”, vamos andar na contramão de direção no Brasil, porque esta norma de trânsito não é verdadeira, e sim relativa, porque no Reino Unido da Inglaterra, lá, é do lado esquerdo (ver Verdade e Justiça) etc. Quais as conseqüências disto?

Concluindo, o Bem e o Mal, que podem existir de forma relativa, ou subjetiva (o que é para um pode não ser para outro) existem estabelecidos como verdades absolutas (na nossa cultura, e, até mesmo universalmente), quando somos educados (condicionados) e percebê-los e tê-los como tais.

Esse negócio de “verdade relativa” (tida como verdade absoluta, como já disse, que se perde em si mesma, porque ela, a frase e o conceito são logicamente contraditórios), eu denomino (criticamente) de GLOBALIZAÇÃO DA RELATIVIZAÇÃO DA VERDADE.

Ass. Rodolfo Thompson 20.05.2012.

Ps. Esses breves pensamentos, que integram o meu livrinho intitulado “À Nossa família (Curiosidades e Lembranças)” – têm a finalidade de ser útil a alguém.

Rodolfo Thompson
Enviado por Rodolfo Thompson em 20/05/2012
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