Conviver com as diferenças pode ser opção, respeitá-las é obrigação

Dia desses ouvi a seguinte frase: "... tem muitos gays no mundo!..."; estávamos em três pessoas em uma sala de 30m2... o cavalheiro ao meu lado quedou silente... é um cavalheiro... eu fiquei quieta... não vale a pena envidar determinadas e desnecessárias pequenas guerras, especialmente se o silêncio é a certeza da vitória já conquistada...

A última frase foi dita por aquela mesma pessoa: "...desculpem..."... a pessoa se foi, eu e o cavalheiro permanecemos... outros dias vieram... mas a frase não me sai da cabeça... não imaginei jamais ouvir aquilo de uma pessoa que, a despeito de não ser das minhas relações pessoais, me parecia ser "isclaricida"...

"Gentem" estamos em 2012: não tem mais espaço para preconceitos de quaisquer naturezas (crença, cor, sexualidade, classe social, etc).

Conviver com as diferenças pode ser opção, respeitá-las é obrigação.

Fato é que as pessoas não assinam contratos ao serem concebidas (no momento da cópula: pênis x vagina) aceitando com qual sexualidade virão ao mundo... isto, para aqueles realmente esclarecidos é uma questão resolvida muito antes, em espírito.

Eu acredito. E acredito mais, é uma decisão que implica muito esforço pessoal daquele espírito que irá encarnar com esta missão, porque ainda em espírito ele tem amplo conhecimento de que sofrerá toda a sorte de preconceitos e retaliações que seus pares forem capazes de fazer...

Certo é que pessoas do naipe daquela retratada acima virão ainda muitas vezes remar neste mar de lama que é a Terra em busca de evolução... quantas vezes? Não sei, isto é individual e subjetivo.

A oportunidade para o espírito evoluir é socialista, ou seja, igual para todos, agora quem vai encontrar a luz e seguir são outros 500...

Finalizando, concretamente já passou da hora deste tipo de pessoas começarem a pensar a situação de outra forma:

-Existem muitos homofóbicos contaminando este mundo!

E tenho dito.

São Paulo, 16 de maio de 2012