Martin Luther King e seu objetivo de vida
Quando Martin Luther King era criança, tinha que conviver com uma situação inacreditavelmente injusta. Existia uma lei que obrigava qualquer pessoa negra a ceder o lugar para uma pessoa branca nos ônibus circulares da região onde ele morava. Podia ser uma velhinha negra, mas ela tinha que ceder lugar a uma criança branca. Não importava. Ele achava isso muito injusto, mas era apenas uma criança e não sabia como agir, ou resolver a situação, mas seu sonho era mudar esse quadro na sociedade.
Martin Luther King poderia ter usado a violência durante sua vida; poderia ter se revoltado; poderia ter virado um marginal, mas não, decidiu agir de forma contrária e ser mais educado, mais preparado e mais capaz do que toda aquela situação, pois sabia que violência gera mais violência. Ele preferiu dar a outra face.
Numa tarde ele foi com seus amigos comprar um sorvete. Na sorveteria, chegou um menino branco depois de Martin e seus amigos e exigiu junto ao proprietário que ele devia ser atendido primeiro, pois era branco. Os amigos de Martin ficaram furiosos e Martin, ao invés de usar a força, usou a inteligência e disse ao dono da sorveteria: Olha, se deixar ele comprar na nossa frente, vamos à outra sorveteria. O dono da sorveteria olhou e, vendo que Martin e seus amigos gastariam no mínimo o triplo do que o menino branco gastaria, olhou para o menino branco e disse: Por favor, aguarde que eles chegaram primeiro.
Inteligente, não?
Da mesma forma, quando chegou à fase adulta, usando a mesma técnica que usou quando era menino, incitou o boicote às empresas de ônibus. Todos sofreram com isso, inclusive a caixa registradora da empresa que fornecia o serviço na época.
Martin Luther King lutava de forma pacífica contra as leis injustas de sua época. Ele não fazia quebradeira, não agredia a ninguém, mas de forma inteligente lutou durante toda sua vida. Ele usava o exemplo de Mahatma Ghandi que descumpria as leis injustas sem violência.
Isso gerou tanta perseguição à vida de Martin Luther King, que foi assassinado aos 39 anos. Entretanto, conseguiu realizar o seu sonho fazendo com que a lei mudasse e os negros não precisaram mais dar lugar aos brancos nos bancos de ônibus.
Uma coisa simples, mas que precisou de alguém que decidisse lutar com as armas da dignidade e força, não força física, mas a força da inteligência.
Ele tinha um sonho, e não desistiu enquanto não viu esse sonho tornar-se realidade.
Aconteceu e sua vida não foi em vão.
E você? Qual é o seu sonho? Ele é pautado pela honra e dignidade também? Qual é o nível de força que você está dispensando para fazer com que ele se torne real?
Pense nisso.