essa procura de não sei o quê me icomoda.

Estou sozinha, mais uma vez. Acostumei-me com esta solidão em mim.

Procuro, há muito, algo que possa preencher este vazio, este precipício que vive em mim a me empurrar não sei para onde. Eu fico com medo. Muito medo. Há tempos que essa solidão tem me cercado, atormentando-me e eu não sei como saná-la. Ela insiste. Ela não desiste.

Trago um cigarro. Tomo uma cerveja. Durmo com um novo amor. Mas ela está lá, intacta, triste solidão. Se acaso eu soubesse o que me incomoda, poderia assim travar uma luta de frente. Olho por olho. Mas, minha solidão é covarde, apenas sabe que existe e não me dá um caminho claro de sua origem.

Eliane Vale
Enviado por Eliane Vale em 13/05/2012
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