Mãe

Pensamento da semana: Mãe

Não poderia deixar de falar das mamães esta semana.

O primeiro motivo que me leva a esse tema, é que domingo é o dia das mães. O segundo motivo é que estive com minha mãe nas últimas 3 semanas e gostaria de escrever sobre.

É inacreditável como o tempo passa, já faz 38 anos que saí de minha casa para viver minha vida.

Fiquei lembrando nessas 3 semanas que estive com minha mãe, os momentos de minha adolescência, puberdade e infância.

Lembrei do relacionamento que tinha com ela quando eu era pequeno.

Esqueci de tanta coisa nesse tempo todo.

Tinha esquecido que quando minha mãe me chamava, eu largava tudo e ia correndo; quando ela falava comigo eu prestava a maior atenção, não perdia uma palavra; quando ela me chamava a atenção, eu escutava e aprendia.

Bastava ela me olhar para eu saber que estava fazendo algo de errado.

Eu sabia falar o que ela mais gostava: “você é a melhor mãe do mundo”. Acho que essa era a segunda frase que ela mais gostava, a primeira era “eu te amo”. Sim era isso mesmo, agora me lembro direito.

Esqueci tantas coisas nesses anos. Esqueci de perdoar, esqueci que ela me amava incondicionalmente, esqueci de dizer que amava, esqueci de compreender, esqueci de abraçar e beijar com a alma, esqueci de ouvir, esqueci de dizer que ela é a maior mãe do mundo, esqueci até de dizer a frase que ela mais gostava de ouvir.

Quando eu era criança jamais me esquecia de algo, eu sabia tudo sobre esse assunto.

Um esquecimento que durou mais de 40 anos. Tempo que não volta mais.

Estas 3 semanas que fiquei com minha mãe consegui lembrar de tudo, Deus me permitiu lembrar a tempo.

Consegui praticar tudo que sabia quando era pequeno.

Não posso voltar no tempo, não posso fazer nada para trás, mas daqui para frente não esquecerei mais.

Agora me lembro de tudo. Levo dentro de mim daqui pra frente a lembrança doce do beijo de minha mãe.

Tive que sair aos 15 anos de casa, viver 38 anos e voltar ao mesmo lugar para entender que tudo começa aqui, a vida e o amor. Tudo começava aqui e eu demorei tanto para descobrir.

No inicio deste ano comecei escrever livros e pensamentos.

Minha mãe, em um desses dias, estava mexendo em alguns papeis de meu pai, que faleceu em 1986.

Veio em sua mão um papel todo amarelado pelo tempo com um texto escrito.

Ela me deu como presente para guardá-lo para sempre.

Quando comecei a ler, senti como se meu pai estivesse sentado na minha frente falando comigo.

Senti como se eu tivesse voltado para casa depois de uma grande e longa viagem.

Foi um encontro com minha mãe e meu pai, depois de muitos anos.

O texto segue abaixo:

TEU LIVRO

A existência na terra é um livro que estás escrevendo...

Cada dia é uma página...

Cada hora é uma afirmação de tua personalidade, através das pessoas e das situações que te buscam.

Não menosprezes o ensejo de criar uma nova epopeia de amor, em torno de seu nome.

As boas obras são frases de luz que endereças a Humanidade inteira.

Em cada resposta aos outros, em cada gesto para com os semelhantes, em cada manifestação dos teus pontos de vista e em cada demonstração de tua alma, grafas, com tinta perene, a história de tua passagem.

Nas impressões que produzes, ergue-se o livro dos teus testemunhos. A morte é a grande colecionadora que recolherá as folhas esparsas de tua biografia, gravada por ti mesmo, nas vidas que te rodeiam.

Não desprezes, assim, a companhia da indulgência, através da senda que o Senhor te deu a trilhar.

Faze uma área de amor ao redor do próprio coração, porque só o amor é suficientemente forte e sábio para orientar-te a escritura individual, convertendo-a em compêndio de auxilio e esperança para quantos te seguem os passos.

Vive, pois, com Jesus, na intimidade do coração, não te afastes dele em tuas ações de cada dia e o livro de tua vida converter-se-á num poema de felicidade e num tesouro de bênçãos.

Acho que meu pai esperou eu ser um homenzinho pra me dizer isso tudo, apesar de minha mãe ainda me chamar de “meu bebezinho”.

Quando me despedi de minha mãe, pude perceber seu choro silencioso, querendo que eu ficasse para sempre, ao mesmo tempo em que seu olhar dizia que eu deveria voltar a voar, agora sem esforço.

Dedico esse pensamento à minha mãe e deixo um beijo com carinho a todas as mamães do mundo.

Abraço a todos,

Beto Pupo

Beto Pupo é um nômade que vive no mundo há 10 anos.

Já morou em um veleiro, em um Jeep e há 6 anos vive em seu motor home. Atualmente escreve livros digitais e é um E-book designer.

Suas crônicas são baseadas na vivência que adquiriu neste período nômade

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Beto Pupo Ebooks
Enviado por Beto Pupo Ebooks em 11/05/2012
Código do texto: T3662773
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