O PRINCIPIO DA INCERTEZA DE Heisenberg.

A CRUELDADE DA MECÂNICA QUANTICA, OU DA QUANTICA?.

O ser humano que não se enquadra na condição de boçal, está sempre elétrico e naquele conhecido e manjado “modus vivendus” do eternamente insatisfeito e sempre buscando seu objetivo aparentemente único e mais importante na vida que é a sobrevivência.

Viver perigosamente ou com sensações estranhas parece ser a característica principal do “homo sapiens”, que afinal, por mais que evolua com toda a parafernália tecnológica, ela por si só, termina por gerar em cadeia, mais e mais desejos insaciáveis e vaidades a quem porta tais objetos.

Exatamente como se estivéssemos numa grande sala de cinema ou num auditório de teatro, e pudéssemos exercitar nossa imaginação e ver a humanidade fazendo seus ensaios laboratoriais com movimentos sincronizados e simétricos e absurdamente padronizados, na tentativa de esquecer o curto tempo de existência que ganhou de presente, não se sabe como e sequer porque e correndo loucamente para vencer a batalha do nada.

Seria como estar com Gagarin naquele Sputnik e ao invès de ouví-lo dizer a terra é azul, ele diria, a terra é um formigueiro confuso.

Se um de nós, como parte desse exército espetacular, sairmos de cena (uma parada brusca) e nos colocarmos como expectador, verá coisas inacreditáveis e talvez a reação mais correta e lógica fosse um turbilhão de gargalhadas. E com base no raciocínio da mecânica quântica (ou da) rssss, eu sou “observável” e se assim sou, existo.

A própria luz, pode ser uma enorme quantidade de partículas enfileiradas e organizadas pelo homem, ao invés de uma onda, como alguns pensam e daí? Não faz diferença alguma.

É´mais ou menos a pintura daquele quadro em que de repente você se vê diante de uma situação tão estúpida, inusitada e tão absurda ou constrangedora e diante daquela perplexidade, você para, olha o horizonte, medita e começa a rir sozinho e as pessoas que passam vão lhe chamar de maluco. Se você não usa o sexto sentido, a reação é ditada pela atitude de rebaixamento ou a chamada “tolerância zero”, que nos leva a repreensões aparentemente injustificadas.

O bicho ser humano, como todo animal que conhecemos, racional ou irracional, deve ter em tese, funcionando bem, os cinco sentidos. visão, audição, tato, olfato e paladar. Aquele que for especial, terá com certeza um sexto sentido que é a capacidade de sobrepor aos semelhantes.

Na verdade, é a capacidade que ele tem de sair da multidão e se tornar um espectador, exercitar a arte da empatia, mexer com as pedras do tabuleiro da vida e como num jogo de xadrez mais complacente, ele pode tocar, mover e voltar, se arrepender, desfazer.

Pode usar esse poder também para implantar a anarquia no sistema de comunicação em todas as suas formas conhecidas.

O teclado mágico do computador que permite a improvisação mais sensacional da historia (ou das estórias) da vida, em tempo real, é o reflexo exato desse pensamento e o homem realiza o sonho da flexibilização através desse instrumento que não é tão simples assim como todos nós pensamos.

A flexibilização de atitudes, das palavras, é o caminho ou a conseqüência do ser humano em estado de graça, ou seja, aquele que tem o poderoso instrumento do sexto sentido que vai torná-lo mais sensível, menos egoísta, menos imediatista, pois sua visão fica mais globalizada e vai além do horizonte.

É aquele momento em que você sabe exatamente que tem que frear na curva, parar de falar, parar de reclamar, agir, repreender, xingar, fugir ou até mesmo parar de beber. É o momento da lucidez, apesar dos bombardeios.

E por isso que vem aquele refrão dos mais antigos que diz: “Eu enxergo atrás do morro”

Nada mais esnobe mas ao mesmo tempo direto e verdadeiro. A consciência pois, continua sendo um mistério o que pode nos levar a obviedade do princípio da incerteza de Heisenberg.

É mais ou menos como alguém por exemplo levar um choque emocional diante de um outro que se apresenta e diz: “Eu sou seu filho” somente 28 anos após ter nascido. Vem o exame de DNA que comprova, passa o choque, e a perplexidade determina que o principio da incerteza que vai prevalecer sobre a verdade. Um novo filho chega e um amigo se vai (troca de elétrons natural, mas uma troca injusta).

E a mecânica da quântica se justifica nesse estado de choque quando se chega à conclusão de que a matéria pode não existir. Mas sem dúvida um choque é uma quantidade de elétrons confusos ou apressados, que se movimenta com muita lógica e faz a grande ilusão da troca de corpos (fisicamente falando, claro). Ou numa pescaria por exemplo, você sendo mordido por ferozes pernilongos, o seu amigo do peito lhe consola: “Isso é psicológico, você está vendo coisas, esse sangue é uma ilusão de ótica”.

E para um cético como eu, que somente acredita naquilo que vê ou toca e de repente chega alguém com essa teoria absurda de que a matéria não existe e pode ser uma pura alucinação ou ilusão...eu também poderia dizer que em determinado momento de minha vida ataquei um boçal que não existia. Isto aconteceu há dez anos, ou pouco mais, quando me apresentaram um sujeito retrógrado, sem formalidades e que me vendo pela primeira vez, usou de sua posição como gerente comercial de uma grande empresa, para atacar-me e ferir-me de morte (maneira de dizer), com suas palavras. Após esse incidente, escrevi um poema intitulado O BOÇAL. E assim, através desse poema, foi que consegui sobreviver e como se diz desabafar com os meus próprios botões, sem enforcá-lo com as minhas próprias mãos, eu diria, uma outra força de expressão totalmente inadequada aos meus princípios de pacato cidadão. Hoje, eu posso dizer que ele (o boçal) faleceu e atualmente sobrevive como fantasma que a gente pode chamar de boçal de mural.

Já publiquei o poema Boçal, aqui nesse espaço cibernético.

Luiz Bento (Mostradanus)
Enviado por Luiz Bento (Mostradanus) em 11/05/2012
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