Pluralidades
Declarai-vos filhos da pluralidade, pois o mundo ostenta essa bandeira de múltiplas formas e cores, onde nada é passível, dogmático ou estático, então saibam que tudo esta em constante transformação, tudo muda e nada é igual, desde as eras mitológicas vossos ancestrais filosóficos afirmavam a transmutação da natureza a qual estamos condicionados, tais mudanças que envolve não somente vosso corpo físico, mas sim todo o vosso estado astral e psíquico.
Saibam que até o dogma muda, até a pedra mais sólida se transforma, o dogmatismo do vosso século não é o mesmo do século passado, eis o sumo filosófico mais coercivo a mente humana: compreender que a natureza têm regras cujas não dominamos. Pelas angústias existencialistas descobriu-se que Deus esta morto, no entanto, suas células resistem apenas no coração daqueles que ainda tem fé, mas não vos ocuparei falando de Deus, tentem visualizar o processo histórico em que toda pluralidade foi comprimida numa única singularidade, reduzindo a concepção da multiplicidade num único epicentro unilateral, nesse epicentro a liberdade foi enclausurada por forças exteriores que durante séculos exerceram pressão para manter herméticas: a manifestação artística, a manifestação intelectual, a manifestação sexual e dentre tantas manifestações, porém a pressão que tais forças exteriores exerciam sobre o epicentro não foram suficientes, e após a intensa batalha entre a expansão e a retração, venceu a expansão que desencadeou o processo de transformação rumo ao infinito, essa transformação bordou em vossa bandeira a palavra REVOLUÇÕES inscrita em negrito, assim passou a devastar a singularidade e manifestou-se pluralmente, hoje não se fala em religião, mas sim em religiões, não se fala em ciência, mas sim em ciências, não se fala em filosofia, mas sim em filosofias, não se fala em arte, mas sim em artes, não se fala em universo, mas sim em universos, até a pluralidade ganha aspecto plural, não se fala em pluralidade, mas sim em pluralidades. As pluralidades imperam os mundos.