Naufrago amoroso.

Ela não sabia se de fato aquilo era amor, porém preferia acreditar que sim. Talvez simplesmente por não achar respostas para tais duvidas que sua mente produzia…

Seu coração estava preenchido por uma parafernália de confusões, seus sorrisos eram constantes e ao mesmo tempo uma incógnita para si, suas vontades e desejos mudavam conforme a estação, e a janela da sua alma que se encontrava em seus olhos, transpareciam tudo aquilo que meras palavras eram incapazes de expressar. Uma corrente oceânica conduzia seus pensamentos para aguas misteriosas, vontades desconhecidas. Porém ela podia contorcer aquela situação, podia muito bem controlar e guiar seus próprios pensamentos para longe, mas não o fez, e talvez por curiosidade deixou a maré continuar, se dando sem hesitar… Decidiu arriscar-se mais uma vez.

E durante aquela viajem ela descobriu a resposta que tanto queria, a resposta que achava que só encontraria no fim. Descobriu que realmente aquilo era amor.

Porque o amor é isso, é uma viajem em águas misteriosas, é uma procura constante por algo novo, desejos e vontades novas. Um naufrago de pessoas em prol de verdades, de momentos…

Ela não sabia quando aquilo teria fim, e nem queria saber, podia ser um fim bonito ou fim triste… O meio termo lhe caiu bem. Mas de uma coisa ela tinha certeza, a única certeza no meio de tantas duvidas. A certeza de que tirara algo bom de tudo que vivera nessa experiência.

…E no fim, após todo o acontecido, e com o coração patogênico, ela se encontrava com a cabeça erguida preparada para uma nova viajem.

— Gyovana Santos.

Gyovana Santos
Enviado por Gyovana Santos em 08/05/2012
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