Fato

Esse mundo louco e abstrato, de veias exibidas em atos, em julgamentos abstratos, o que que eu faço?

Essa roda louca chamada vida, não quero ser mais um peso nessa avenida, quero fechar minhas feridas.

Essa voz rouca e incandescente, navalha que corta efervescente, restam migalhas na minha mente.

Não me julgues sem me ver através do espelhos, há fortes bases em meus joelhos, existem devaneios.

Essa louca história que se adianta, não seja louca em me julgar pelo aquilo que se julga que se ama.

Essa loucura doce, amarga e cheia de bonança, vou continuar rindo a toa, cheia de esperança, serei aquela velha nova criança.

Escute a voz do meu coração, mas valide o que você sabe que tem em minha mente, não seja ausente.

Compreenda, analise, use sua maravilhosa lembrança, veja os momentos e os passos que ensaiamos daquela dança.

Não compreendo nem a mim, então é fácil chegar a conclusão: - Estamos na mesma evolução.

falamos a mesma língua, tudo é inevitável, mas temos que nos atrelar em que momento ouve a perda, qual o fato?

Não tire conclusões precipitadas, lembre-se de nossas risadas. Momentos que não são de fachadas.

Não compreendo essa pressa em concluir o que ainda não aconteceu, há muito tempo a gente já se perdeu.

Aconteceu o reencontro, e isso também já é fato, vale agora saber onde será o ato.

O ensaio já aconteceu, o mundo louco sou eu, precisei de um tempo, a lua se foi, tudo escureceu.

Fernando Lobos.