RASCUNHO

Todo verso que escrevo

É um rabisco tortuoso

É o rascunho do mundo

Que se defronta comigo

As várias nuances se formam

Disformes e sem estética

A cada alvorada surgem

Com os arrebóis desvanecem

São névoas crepusculares

Que com o sol esmaecem

Voltam com outro semblante

E aquilo que escrevi

Não reconheço jamais

Estilhaços de uma vida

Sem estilo ou modelo

Acorrem direto ao caos.

Joel de Sá
Enviado por Joel de Sá em 08/05/2012
Código do texto: T3656232
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