Distante do meu eu

Ando longe de tudo, distante de pessoas e de mim mesma. Ando distante da lua e de olhares, ando distante de sorrisos e de abraços.

Silencio a presença de um nada, obstante, meus sentidos nunca foram nítidos o bastante para ser o querer.

Talvez meus passos guiem por si só, á busca de um pretexto para esquecerem devaneios apostos defronte aos meus medos.

Seria o bastante dissuadir-me, minha oposição a tais pensamentos me fecharam a convicções que hoje desconheço. Minha ambiguidade a fatores inerentes por meus instintos fizeram-me querer mudar de direção, todavia continuo na mesma. Minha direção é contraria, corro contra o vento, averiguando vestígios do meu passado, tais que sei que não irei encontrar.

Meu caminho é onde estou, a incerteza de possíveis lugares novos me faz prisioneira de um querer frustrante, aonde ambiciono-me sem poder, em busca do que eu sei que não é meu.

— Gyovana Santos.

Gyovana Santos
Enviado por Gyovana Santos em 08/05/2012
Reeditado em 08/05/2012
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