Distante do meu eu
Ando longe de tudo, distante de pessoas e de mim mesma. Ando distante da lua e de olhares, ando distante de sorrisos e de abraços.
Silencio a presença de um nada, obstante, meus sentidos nunca foram nítidos o bastante para ser o querer.
Talvez meus passos guiem por si só, á busca de um pretexto para esquecerem devaneios apostos defronte aos meus medos.
Seria o bastante dissuadir-me, minha oposição a tais pensamentos me fecharam a convicções que hoje desconheço. Minha ambiguidade a fatores inerentes por meus instintos fizeram-me querer mudar de direção, todavia continuo na mesma. Minha direção é contraria, corro contra o vento, averiguando vestígios do meu passado, tais que sei que não irei encontrar.
Meu caminho é onde estou, a incerteza de possíveis lugares novos me faz prisioneira de um querer frustrante, aonde ambiciono-me sem poder, em busca do que eu sei que não é meu.
— Gyovana Santos.