Sobre a importância das minhas paixões platônicas

“Um dia ainda vou te deitar numa cama (...) eu gosto de desafios, quero fazer você se soltar...”

E eu nem cheguei a dizer que ele estaria seminu, mas foi o suficiente para ele pensar besteira... Quem disse que é besteira, é bom que ele mantenha aquele pensamento em mente... Isso me agrada. Nesse caso.

...Sobre a importância das minhas paixões platônicas...

Perceba que eu sou uma pessoa de poucas ambições, isso é considerado um defeito. Eu discordo dessa consideração, tenho poucas, mas tenho boas, assim como amigos. O problema é que minha maior ambição deste momento está a anos de distância, exige muito trabalho árduo até ser alcançada, então não é fácil eu me prender a isso em todos os momentos de dificuldade. O que faço então? Apaixono-me. E é isso o que me move aos poucos, um dia após o outro...

Parece fútil, eu sei. FODA-SE.

Eu já me acostumei a ter a paixão como força motriz, aos 9 anos de idade foi uma paixão platônica pelo menino esportista da escola que me motivou a começar a escrever, eu fazia poemas naquela época. Pouco tempo depois foi minha paixão pela literatura fantástica que me motivou a escrever diariamente em meus diários, hábito que abandonei aos 16 anos, mas que serviu de raiz para minha escrita em prosa. Durante a faculdade são minhas paixões intelectuais que me motivam a estudar e há 2 meses é minha paixão platônica por um rapaz que mal sabe que existe uma pessoa por trás da aluna que ele monitora que me faz querer trabalhar (ele trabalha na porta vizinha à minha).

Eu cuido melhor de mim mesma quando estou apaixonada, quando tenho um objetivo palpável ao meu alcance. Das milhões de paixões que me acometeram só cheguei a concretizar duas, três, na verdade, não posso me esquecer do meu primeiro namorado, Gabriel. Eu já deveria estar acostumada, a essa altura do campeonato, a lidar com as paixões frustradas, mas não, cada vez dói pelo menos tanto quanto a anterior, às vezes mais. E essa atual vai doer. Já estou há muito tempo idealizando o que poderia acontecer de bom, os diálogos imaginários estão cada vez mais elaborados... E o pior, ele usa roupas coloridas, isso só torna o resto do mundo mais cinza.

Tenho que reaprender a gostar de cores sujas.

Taís Gollo
Enviado por Taís Gollo em 05/05/2012
Código do texto: T3651281
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