Abobrinhas

Quanta abobrinha já escrevi por aqui,

eu quase tive um treco quando li certos textos meus,

e notei que realmente todos tropeçam em palavras,

porém, alguns eram bons, cheios de ser,

nem por isso deveria me diminuir ao excesso,

e nada de achar que sou melhor que ninguém.

Não é que estou falando dos outros,

e, sim, de mim mesmo, de textos horríveis.

(pelo menos na hora pareceram-me assim)...

Fico contente que uma poetisa uma vez me chamou de Byron,

que era um poeta inglês, do século dezenove,

com seu ultra-romantismo. (Na verdade eu não gosto muito de Byron, mas a gente tem que ser humilde e aceitar a boa disposição das pessoas)

Mas sendo bem sério, sem ser orgulhoso,

eu diria que este Byron não seria boa comparação comigo,

ele, sim, famoso, eu nem pensar, eu nunca,

entretanto, ele tinha vícios ruins.

Mesmo assim, o que vale é a intenção da pessoa que comparou,

e com certeza o homem lá foi de fato um poeta

muito bom, e deve ter escrito coisas lindas,

que talvez um dia eu leia algo.

Eu já li algumas obras de William Shakespeare,

por exemplo, Otelo, e algumas outras.

Detesto Romeu e Julieta,

sinceramente, é direito de cada um,

ter preferências, escolher o que quiser.

Dizem que Shakespeare era somente um ator,

eu só saberei isso exatamente no futuro...

mas se você pesquisar...

vai saber que tem ingleses que acreditam que não foi ele

quem escreveu aquelas obras... eu mesmo não sei...

dizem que pessoas da corte inglesa usaram seu nome,

como fachada, pois ele descreve cidades da Itália,

e, sabe-se, que ele nunca viajou para lá,

e quem poderia garantir que jamais mesmo?

Uma filha sua era analfabeta, assinava com um xis,

estranho demais. Será que era verdade que uma filha assinava com um x?

Quantos mistérios há e segredos que a gente

acaba escrevendo abobrinhas demais,

porém estes fatos são bem conhecidos,

nada novo, eu mesmo já escrevi isso,

mas já pensou eu começar a falar mal

de todos os grandes poetas do mundo?

Seria realmente uma abobrinha fenomenal,

deixe, cada um na sua, expressão popular,

assim vou escrevendo aqui

mais abobrinhas, pois faz bem,

que bom que se passa o tempo, diverte um pouco,

escrever humor que nada se ri,

e tristezas que podem fazer sorrir,

coisas contraditórias,

pois para exemplificar,

têm pessoas que dizem SIM,

quando querem dizer NÂO,

e gente que diz NÂO,

ansiando dizer SIM.

Como entender o ser humano afinal?

O negócio é ir falando alguma criatividade,

coisas antigas e meio novas,

inventar fantasias, românticas algumas,

alguns sonhos, alguns alvos reais,

ainda que muitos acreditem que sejam pura besteira.

Uma abobrinha indigesta.