O engasgo
Das costas do mundo, em crostas imundas, alfandegaram a arte e embalsamaram o artista.
Do centro da terra, do âmago do ser, retiraram o mistério e doaram razão ao prazer.
Seus olhos calcularam o mundo; seus ouvidos ritmaram, sem sopro ou corda, teclado ou couro, magia das coisas. Que revolta! Que engasgo! Jamais suportariam a totalidade e a multiplicidade do uno.
(Luis Cesar, Montanha, 05/12/07).