O canto da liberdade 1

Sair ao encanto do dia,

sombrear, por vezes, sem perceber,

após uma lágrima de noite.

Que solidão! Nunca vi mais dura.

Observar o carinho pequeno, com um ano e meio,

agarrado ao braço como se fosse aste de aço.

Seu sono incuca o solitário endurecido,

mas não lhe deixa de supor sorriso.

A mais dura solidão,

em tato endurecido.

A menos bruta vastidão,

em pele ingênua, livre.

Suave perigo que emana do bruto;

Forte odor que exala do livre;

Busca que exala em força;

Livre que suaviza o perigo.

Pronto, o dia veio

E não vi um porquê.

Não existe,

por desrazão do livre na solidão.

(09 de novembro de 2007).

Luis Oliveira
Enviado por Luis Oliveira em 01/05/2012
Reeditado em 01/05/2012
Código do texto: T3643475
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