O QUE ELES DISSERAM...
Carlos Drummond de Andrade (Folha de São Paulo 3/06/1984.
"Posso dizer sem exagero, sem fazer fita, que não sou propriamente um escritor. Sou uma pessoa que gosta de escrever, que conseguiu talvez exprimir algumas de suas inquietações, seus problemas íntimos, que os projetou no papel, fazendo uma espécie de psicanálise dos pobres, sem divã, sem nada. Mesmo porque não havia analista no meu tempo, em Minas."
Manuel Bandeira (República das Letras, de Homero Senna).
"Na verdade, faço versos porque não sei fazer música... Jamais senti que meu destino fosse a Poesia, sobretudo assim com esse P maiúsculo que pressinto na sua garganta. Creio que se fui poeta em alguns momentos, só o fui por incidente patológico ou passional."
Sérgio Milliet (Um dos maiores críticos da
Literatura brasileira de todos os tempos).
"Quer saber de uma coisa? Não acredito na predestinação literária. São circunstâncias acidentais que fazem o escritor e é o acaso de um primeiro êxito que o leva a perseverar. Um homem de inteligência média faz qualquer coisa; basta que a vida o exija. Qualquer camarada de algumas letras escreveu versos na mocidade; se não continuou, foi porque outra coisa lhe interessou."
José Saramago (Revista Veja 14/10/1998.
"Antes eu dizia:Escrevo porque não quero morrer. Mas agora eu mudei: Escrevo para compreender. O que é um ser humano?"
Mario Vargas Llosa (O Correio da UNESCO, agosto de 1986).
"Ser escritor significa em princípio e, muitas vezes, apenas assumir uma responsabilidade pessoal, a de uma obra que, se for artisticamente válida, enriquecerá a cultura do país onde nasceu."