CAMINHOS DA ALMA
As maos foram amarradas para que nao tracassem as linhas da despedida. A encaixotaram para que nao a vissem.
E emudeceram sua voz colando seus labios com fita adeseiva. No quarto escuro, onde o sol nao tras sua luminosidade para aquecer, ela se torna gelida diante da morte imenente. Todo o som que a sao suas lagrimas caindo e batendo na madeira, som solitario, mas unico manifesto da dor que agora percorre teu corpo fragil. Os olhos estao esbugalhados o pavor estampado nele. Em sua memoria lembrancas das preces do tempo de crianca que agora tenta em vao recita-las. O medo da morte a assombra, mas sua alma enfim encontrou a libertacao do carrasco.
Camomilla