Tarefa árdua me foi imposta, sou o guardião, ela tenta fugir toda hora, tinha de ser forte assim! A lembrança espanca-me e escapa de mim, aprisiono-a num porta retrato de ferro, que jogado ao canto cumpre seu papel de protetor, ninguém a toca, ela esta distante, escondida no fundo, com medo da força da luz, medo de se ferir, ache-a procure-a e verá muita coisa, procure-me nas profundezas das molduras feitas com elegância, busque-me nas grades de ferro, estou escondida, como memória que sou, estou, estava e não sei aonde vou...