LÁGRIMAS DE PORCELANA
O prazo de validade do homem acaba quando
O espelho deixa de refletir sua imagem
O que é o homem se não um expurgo da agonia
Deram-lhe uma entrada franca no parque de diversões
Depois que acaba seus bilhetes só lhe resta às latas vazias
Nada mais lhe merece se não adormecer na escuridão da lápide fria
Iguala-se e se nivela ao verme que nada espera e tudo recicla
Somos encomendas das horas funestas por fila de chegada
O que é o homem nesta vida de pires e xícaras se não um café solúvel
Sempre quisemos viver e sempre é tão breve são os paradoxos desta Vida de porcelana e de conteúdo volúvel...