LÁGRIMAS DE PORCELANA

O prazo de validade do homem acaba quando

O espelho deixa de refletir sua imagem

O que é o homem se não um expurgo da agonia

Deram-lhe uma entrada franca no parque de diversões

Depois que acaba seus bilhetes só lhe resta às latas vazias

Nada mais lhe merece se não adormecer na escuridão da lápide fria

Iguala-se e se nivela ao verme que nada espera e tudo recicla

Somos encomendas das horas funestas por fila de chegada

O que é o homem nesta vida de pires e xícaras se não um café solúvel

Sempre quisemos viver e sempre é tão breve são os paradoxos desta Vida de porcelana e de conteúdo volúvel...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 25/04/2012
Código do texto: T3633421
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.